Acusados de injúria pelo atual ocupante da cadeira de presidente da CBH (Confederação Brasileira de Hipismo), Francisco José Mari (Kiko), os cavaleiros César Almeida e Ivo Roza Filho decidiram se defender com base no livre direito de expressão.
“A gente tem direito de opinião num país democrático”, diz Almeida. Segundo ele, a indignação da comunidade hípica – que já era realidade – aumentou com o processo movido por Kiko em suposta estratégia de intimidação. “Tentam nos calar. Isso não é democracia. É ditadura”.
Mais esse novo e polêmico capítulo envolvendo o nome da CBH veio à tona com a abertura de inquérito policial por solicitação de Kiko. Ele se sente ofendido por conteúdos expostos pelo Instagram do grupo “Aliança Pelo Hipismo” – associado aos nomes dos dois acusados.
‘Sem tomar partido’
“O grupo foi criado depois da eleição da CBH, aquela que não aconteceu, quando senti uma indignação geral com a forma como as coisas estavam sendo conduzidas”, relembra Ivo Roza Filho.
“Naquele momento estávamos sem voz e, então, reunimos cerca de 750 pessoas com o intuito de não tomar partido por uma chapa ou outra, mas de defender eleições sem impugnações. O que está aí não foi eleito pela maioria”, continua.
Ele afirma que protestos com “duras verdades” foram levados adiante pelo grupo de forma legítima e que, agora, o que ocorre é uma tentativa de cerceamento dessa liberdade de expressão.
Diz, ainda, que a intenção maior do “Aliança Pelo Hipismo” é gerar uma associação de cavaleiros com consequente votação de representantes e assento no colégio eleitoral da CBH.
O BLOG já solicitou mais informações à CBH sobre as acusações encaminhadas por Kiko e aguarda respostas.
Também há expectativa de posicionamento oficial da CBH a respeito de carta do presidente da Federação Equestre Internacional, belga Ingmar de Vos, que pede novas eleições na entidade brasileira.